Dados do Trabalho

Título

MANEJO DIFERENCIAL DE GLAUCOMA JUVENIL AVANÇADO E DE DIFICIL CONTROLE EM PACIENTE COM CONJUNTIVITE ALERGICA E ASMA

Objetivo

Descrever o manejo diferencial de glaucoma juvenil avançado e de difícil controle em paciente com conjuntivite alérgica e asma recorrentes.

Relato do Caso

Paciente do sexo masculino, 14 anos, com glaucoma juvenil, conjuntivite alérgica e asma. História de trabeculectomia (TREC) em olho direito (OD) e TREC, facoemulsificação com lente intraocular e implante de prótese antiglaucomatosa em olho esquerdo (OE); em uso de timolol e brimonidina. Conjuntivite alérgica (CA; 2-3x semana) tratada com tacrolimus, olopatadina, fluormetolona e hialuronato de sódio e asma controlada com Fexofenadina, brometo de tiotrópio, fumarato de formoterol+ budesonida e furoato de fluticasona, acompanhado por pneumologista. Exame oftalmológico: acuidade visual sem correção 20/25 em ambos os olhos; pressão intraocular (PIO; mmHg) de 8 em OD e 12 em OE; biomiscrocopia com bolha filtrante em OD e ampola de tubo formada e ampla, pseudofácico em OE; fundoscopia de OD com escavação papilar subtotal e OE com escavação papilar 0.7; campimetria 24-2 com comprometimento dos 10º centrais em OD e escotoma arqueado nasal inferior em OE. Quadro de glaucoma estável, mas optou-se trocar colírios para glaucoma por latanoprosta. Em 1 mês, paciente referiu apenas 1 crise de asma e alergia ocular; PIO de 14 em OD e 16 em OE, optando-se por associar dorzolamida. Após 1 mês, paciente negou crises melhora, mantendo-se apenas em uso lubrificantes para CA e medicações para asma. Ao exame: PIO de 10 em OD e 12 em OE, 2º campimetria 10-2 seriada dentro dos parâmetros de confiabilidade, não evidenciando avanço do dano glaucomatoso. Paciente segue em acompanhamento, com controle do glaucoma e melhora dos efeitos colaterais da terapêutica inicial.

Conclusão

Apesar do quadro sistêmico agravado pelos efeitos colaterais da terapêutica inicial para controle do glaucoma, foi possível adotar medidas que melhoraram a qualidade de vida do paciente, além de reduzir o número de medicamentos totais em uso.