Dados do Trabalho


Título

CASOS DE ESTRABISMO NO BRASIL: UMA AVALIAÇAO DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO ENTRE 2017 E 2022

Objetivo

Avaliar o perfil epidemiológico dos casos de estrabismo durante o período de 2017 a 2022 no Brasil.

Método

Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo, com dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, na base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS)/Ministério da Saúde, em relação aos casos de estrabismo no Brasil entre 2017 e 2022.

Resultado

Durante o intervalo de tempo estudado, foram registrados 19.723 casos de estrabismo no Brasil, apresentando uma pequena variação
anual: 3.697 (18,74%) registros em 2017, 3.933 (19,94%) em 2018, 4.417 (22,39%) em 2019, 2.071 (10,50%) em 2020, 2.363 (11,98%) em 2021 e 3.242 (16,43%) em 2022. Em relação à distribuição regional, observou-se o Sudeste como destaque, com 11.110 (56,33%) casos, exibindo uma grande discrepância em relação as demais regiões: Sul (19%), Nordeste (13,73%), Centro-Oeste (8,21%) e Norte com 679 casos (3,44%). Quanto à faixa etária, a idades mais acometida foI entre 5 e 9 anos, com 4.628 (23,46%) casos, fato que corrobora com a literatura, a qual aponta um maior índice de desenvolvimento da doença durante a infância, devido fatores hereditários que contribuem para alteração neuromuscular. Na variável sexo, 55,2% são do sexo feminino. Avaliando a cor/raça, a maioria (41,34%) se autodeclarou branca.

Conclusão

Diante disso, confirma-se que é de suma importância a avaliação do perfil epidemiológico dos casos de estrabismo no país para que sejam criadas Políticas Públicas específicas para as necessidades da população. Nesse sentido, vê-se que a região Sudeste, a faixa etária de 5 a 9 anos, o sexo feminino e a cor branca foram as variáveis mais acometidas nesse período. Importante destacar que a variável regional é influenciada pelo contingente populacional, sendo o Sudeste a região mais populosa do país, abrigando 42% da população brasileira total. Dessa forma, pode-se direcionar ações visadas à prevenção, diagnóstico e tratamento desse distúrbio.

Arquivos

Área

Estrabismo

Autores

JOSE WILKER GOMES DE CASTRO JUNIOR, LUCAS SALES OLIVEIRA, LUIZA LAMARTINE NOGUEIRA ARAÚJO, LOUISE ARAUJO JASSÉ SANTOS, GIULIA LINS REMOR, MANOELA LEÃO SERENI MURRIETA, NICOLLE CRESPO GRANDI, THIAGO AUGUSTO CECIM SALES, YAN LUCAS CASTRO DE CASTRO